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O fórum Assistência Obstétrica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), reuniu especialistas em Ginecologia e Obstetrícia de todas regiões do país neste mês em Brasília. Assistência multiprofissional ao parto, ambiência hospitalar, situações de violência, sistematização de protocolos, mortalidade materna, financiamento da saúde e precariedade do sistema foram temas que permearam palestras durante todo o dia.
"O financiamento insuficiente destinado à saúde pública repercute na ponta, no atendimento ao paciente e no trabalho médico, muitas vezes responsabilidade pela precariedade. Temos o binômio falta de recurso e má gestão em todos os níveis", alertou o diretor-técnico do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros (SP), o professor doutor Coríntio Mariani Neto.
De acordo com o especialista, "o risco de morte neonatal é quase três vezes maior na rede pública do que na privada e são nos hospitais públicos onde se realiza o maior volume de partos, principalmente de alto risco. Isso é extremamente preocupante. Mas, é possível manter a qualidade da assistência à saúde na rede pública com envolvimento da gestão local, equipe motivada, treinamento dos recursos humanos disponíveis, além da mudança cultural sobre a qualidade do serviço público e persistência diante dos reveses. É possível conquistar o reconhecimento", conclui Coríntio Neto.
Na mesa de abertura, o presidente do CFM, Carlos Vital, ressaltou que "a assistência obstétrica no Brasil é uma responsabilidade de planejamento e gestão, é uma questão de saúde pública. Passa pelo trabalho médico, mas é preciso reconhecer as devidas competências e responsabilidades na assistência à parturiente. Sendo primordial destacar que a obstetrícia é absolutamente necessária, pois se destina aos cuidados com as gerações futuras deste país".
Humanização - De acordo com a médica Lisete Benzoni,"na ambiência hospitalar, estamos vinculando o tratamento que damos à parturiente e ao neonato ao espaço físico, às relações interpessoais e a demais fatores que impactam os nossos sentidos, como iluminação e cheiro. Isso é o que podemos chamar de humanização: a junção do cognitivo ao afetivo, do conhecimento técnico ao acolhimento à paciente, considerada sua cultura e individualidade".
Nesse sentido, a humanização da assistência ao parto passa pela adequação da ambiência hospitalar e pelo atendimento personalizado à gestante. O desrespeito aos eixos que estruturam a ambiência hospitalar, no entanto, foram apontados como uma das bases dos problemas de assistência no Brasil. E, assim como o professor Coríntio Neto, Lisete Benzoni também defende que, "independentemente das limitações financeiras, que são reais, a comunicação, a integração e o acolhimento são a solução para quebrarmos o ciclo de violência que vemos hoje".
"O tema do encontro deste ano – alinhando valores e práticas – teve como meta estimular um olhar atento sobre os gargalos que afetam a assistência. Mais do que a análise das situações, promovemos o debate qualificado e identificamos ações que contribuirão para mudar realidades, se implementadas", concluiu o coordenador do evento e da Câmara técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CFM, José Hiran Gallo.
Parto - É possível atingir índices adequados de parto com base na Classificação de Robson, afirmaram especialistas em Brasília durante o fórum Assistência Obstétrica no Brasil. Os projetos Parto Adequado, desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com o Hospital Israelita Albert Einstein, e Ápice On, do Ministério da Saúde com envolvimento das universidades, também foram destacados durante todo o evento como modelos bem-sucedidos de aprimoramento da assistência e do ensino no cuidado obstétrico e pediátrico, repercutindo na redução de realização de cesarianas desnecessárias.
Presidente da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais, Carlos Henrique Mascarenhas afirmou que “é necessário reconhecer que a saúde suplementar é o maior contribuinte para que o Brasil tenha elevadas taxas de cesariana”. E apontou estratégias para alterar esse perfil: conhecer o perfil das pacientes gestantes aplicando a Classificação de Robson, promover treinamento contínuo em emergência obstétrica, condições de trabalho e segurança do médico, além de definir protocolos assistenciais.
De acordo com Mascarenhas, com base nessa estratégia, o Hospital Mater Dei, em Minas Gerais, atingiu a marca de 63,3% de partos vaginais.
A Resolução CFM nº 2.144/2016 também foi elencada como instrumento de defesa do parto seguro ao definir que cesariana a pedido da paciente, nas situações de risco habitual, somente pode ser realizada a partir da 39ª semana de gestação. “Há que se ressaltar que a cesariana salva vidas. Em diversos casos é uma indicação médica que visa garantir a segurança tanto do bebê quanto da parturiente. Ter indicadores partos é de extrema importância e a Classificação Robson é a base para isso”, explica José Hiran Gallo.
Renato Passini Júnior, diretor de Obstetrícia do Hospital da Mulher CAISM/UNICAMP, reforçou que, em assistência obstétrica, antes de olhar as evidências, o médico deve fazer o básico, como verificar histórico clínico da gestante. “Grande parte da abordagem baseia-se nas experiências clínicas e nem sempre uma evidência científica é aplicável à realidade, especialmente quando falamos de partos e nascimentos. Assim como uma gestação de baixo risco também não garante um parto de baixo risco”, concluiu Passini.
PROGRAMAÇÃO
Carlos Vital Tavares Corrêa Lima – Presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM)
José Hiran da Silva Gallo – Coordenador da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CFM
Marcos Felipe de Sá – Diretor Científico da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
Lincoln Lopes Ferreira – Presidente da Associação Médica Brasileira
Karla Santa Cruz Coelho – Diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da Agência Nacional de Saúde Suplementar
Ricardo José Magalhães Barros – Ministro da Saúde (a confirmar)
MANHÃ
9h00 às 9h30 – Conferência: Situação atual das maternidades públicas
Presidente: Dr. Etelvino de Souza Trindade – Comissão de Defesa Profissional da Febrasgo
Conferencista: Dr. Corintio Mariani Neto – Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros São Paulo
9h30 às 11h00 – 1ª Mesa Redonda: Assistência ao Parto
Coordenador: Dr. José Hiran da Silva Gallo – Tesoureiro do Conselho Federal de Medicina e Coordenador da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia
Secretária: Dra. Adriana Scavuzzi Carneiro da Cunha - Coordenadora do Centro de Atenção à Mulher do Instituto Integral de Medicina Prof. Fernando Figueira de Pernambuco
Palestrante: Dr. Olímpio Barbosa de Moraes Filho – Comissão Nacional Pré-Natal da Febrasgo
Palestrante: Dra. Maria Albertina Santiago Rego – Sociedade Brasileira de Pediatria
Palestrante: Dr. Carlos Henrique Mascarenhas Silva – Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais
Palestrante: Dr. Roberto Magliano de Morais – Sociedade Paraibana de Ginecologia e Obstetrícia
Secretário: Dr. Antônio Celso Koehler Ayub – Professor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da UFCSPA
11h00 às 11h15 - Violência Obstétrica x violência contra o obstetra
Palestrante: Dr. Alceu José Peixoto Pimentel – Professor de Ginecologia da Universidade Federal de Alagoas
Palestrante: Dr. Juvenal Barreto Borriello de Andrade – Diretor de defesa e valorização profissional da Febrasgo
Palestrante: Dra. Lisete Rosa e Silva Benzoni – Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia
Secretário: Dr. Antônio Jorge Salomão – Secretário - Geral da Associação Médica Brasileira
Palestrante: Dra. Liduina de Albuquerque Rocha e Sousa – Presidente do Comitê Estadual de Prevenção a Morte Materna, Fetal e Infantil do Ceará
Palestrante: Dr. Renato Passini Junior – Diretor da Divisão de Obstetrícia do Hospital da Mulher prof. Dr. José Aristodemo Pinotti – CAISM/UNICAMP
14h10 às 14h30 – Procedimentos intervencionistas
Palestrante: Dr. Renato Augusto Moreira Sá – Vice- Presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro
15h00 às 16h30 – 4ª Mesa Redonda – Redução da Mortalidade Materna: Ações a Serem Executadas
Secretária: Dra. Rita de Cássia Alves Ferreira Silva – Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia
Palestrante: Dra. Léa Rosana Viana de A. e Araújo – Professora da Faculdade Metropolitana da Amazônia
15h20 às 15h40 – No pré-natal
Palestrante: Dr. Alberto Trapani Júnior – Comissão de Assistência ao Parto, Puerpério e Abortamento da Febrasgo
15h40 às 16h00 - No parto e no puerpério
Palestrante: Dr. Rodolfo de Carvalho Pacagnella – Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
Presidente: Dra. Lia Cruz Vaz da Costa Damásio – Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia
Conferencista: Dr. Geraldo Duarte – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Departamento de Ginecologia e Obstetrícia