buy spy app
android spy txt
spy soft
spy text
cialis for sale
viagra mexico
android spy txt
spy soft
spy text
cialis for sale
viagra mexico
Sucesso na realização do XII Enem
O XII Encontro Nacional das Entidades Médicas confirmou a expectativa criada e tornou- se o esperado marco definidor de novos rumos no movimento médico nacional.
Os resultados foram amplamente comemorados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
O sentimento de êxito se estendeu aos mais de 600 delegados com direito a voto, lideranças médicas e representantes de entidades associativas, sindicais e de conselhos de todo o país.
Mas essa percepção também gerou fatos concretos. Os participantes aprovaram por aclamação o Manifesto dos Médicos à Nação, posteriormente encaminhado aos candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais, no qual é apresentado um diagnóstico da assistência em saúde e apontada a pauta de reivindicações das entidades médicas para a superação dos problemas).
Os candidatos, assim como outras autoridades, ainda receberam cópias do Relatório Final do XII Enem, com as 115 deliberações tomadas em plenário e que traduzem as propostas da categoria em áreas como ensino, trabalho e implementação de políticas pública. Para os líderes das entidades, com essas contribuições os médicos oferecem sua visão para a melhoria dos serviços de saúde e fortalecem a luta pela valorização da profissão.
Outro ponto alto do XII Enem foi o anúncio, no dia de sua abertura, da criação de uma comissão especial para elaborar proposta de carreiras do Sistema Único de Saúde (SUS), abrangendo, inicialmente, os profissionais médicos, os cirurgiões-dentistas e os enfermeiros. O próprio ministro da Saúde, José Gomes Temporão, foi o portador da novidade, uma resposta a pleito do CFM, AMB e Fenam.
Finalmente, destaca-se o alto grau de engajamento e participação materializado nos debates e na presença maciça de delegados em todas as reuniões e plenárias. O XII Enem, cuja cobertura é apresentada nas próximas páginas, entra para a história do movimento médico por suas efetivas realizações. Mas a tarefa não acaba. Na verdade, continua com o acompanhamento das propostas apresentadas e muito trabalho junto aos tomadores de decisão para sensibilizá-los sobre a importância de mudar os rumos da saúde no país, como afirmou o presidente do CFM, Roberto d’Avila, em sua avaliação das atividades. (veja abaixo a entrevista)
Confira o jornal Medicina nº 187 que publicou a cobertura completa do XII Enem . CLIQUE AQUI.
Entrevista - Roberto Luiz d’Ávila
Para o presidente do CFM, o XII Enem confirmou a mudança de rumos do movimento médico nacional. Uma maior presença no debate político e a defesa ativa dos interesses dos profissionais e da população ganharam destaque nas agendas do Conselho, da AMB e da Fenam. Nessa entrevista ao jornal Medicina, Roberto Luiz d’Avila aponta os passos que serão tomados após o encontro, em Brasília/DF.
Jornal Medicina – O XII Enem cumpriu sua missão?
Roberto Luiz d’Avila – Sem dúvida, vivemos um momento especial na história do movimento médico nacional. Pela primeira vez, em muitos anos, percebemos a tentativa de integração e articulação das diferentes ações nos âmbitos do Conselho Federal de Medicina, da Associação Médica Brasileira e da Federação Nacional dos Médicos. Nesse contexto, o XII Enem foi peça fundamental, pois consolidou o trabalho que vinha sendo realizado ao longo dos últimos meses. Além disso, fortaleceu a categoria não apenas pela harmonia de seus representantes, mas porque deu a devida repercussão e consequência a pleitos históricos dos médicos.
Essa integração não corre o risco de descaracterizar o perfil das três entidades?
RLD – De forma alguma. Cada uma das entidades nacionais tem sua própria história, valores e missão. O que nos une é o compromisso com a sociedade, com os pacientes, com a medicina e com os profissionais. Neste espaço, buscamos valorizar consensos e construir soluções a partir deles. Certamente, as diferenças continuarão a existir. O que tem mudado é que esses pontos de vistas divergentes não levam mais aos embates e à desunião. Pelo contrário, estimulam o convívio democrático no qual os argumentos sólidos prevalecem.
JM – Com o fim do XII, como ficam os encaminhamentos aprovados?
RLD – Vamos monitorar os rumos de cada uma das deliberações. Trata-se de trabalho árduo, mas que tem de ser feito. Com o Manifesto à Nação, os médicos selaram seu compromisso com o país. O diagnóstico e as soluções apontadas têm uma meta: construir um país melhor, com uma saúde melhor, no qual a medicina – e o que ela representa – seja valorizada e respeitada. Para atingir esses objetivos, o CFM e as outras entidades estarão atentas e em ação permanente.
JM – O que tem mudado dentro do movimento médico?
RLD – Creio que a percepção de que nós, médicos, temos importante responsabilidade política com relação à medicina e à saúde, de forma mais ampla. Hoje, por meio do CFM e das outras entidades estamos ocupando de forma estratégica o espaço do debate que levará às transformações. A caminhada apenas começou, mas certamente os resultados virão e serão
sentidos por todos.
MANIFESTO DOS MÉDICOS À NAÇÃO
Nós, médicos, representados no XII Encontro Nacional de Entidades Médicas (ENEM), de 28 a 30 de julho de 2010, em Brasília, reiteramos nosso compromisso ético com a população brasileira. Neste ano, no qual o futuro do país será decidido pelo voto, apresentamos à nação e aos candidatos às próximas eleições nossa pauta de reivindicações, que necessita ser cumprida urgentemente, para não agravar ainda mais a situação que já atinge setores importantes da assistência em saúde. Esperamos respostas e soluções aos problemas que comprometem os rumos da saúde e da Medicina, contribuindo assim, para a redução de desigualdades, para a promoção do acesso universal aos serviços públicos e para o estabelecimento de condições dignas de trabalho para os médicos e de saúde à população, para que este seja realmente um país de todos.
1. É imperioso garantir a aprovação imediata da regulamentação da Emenda Constitucional 29, que vincula recursos nas três esferas de gestão e define o que são gastos em saúde. Esse adiamento causa danos ao Sistema Único de Saúde (SUS) e compromete sua sobrevivência.
2. O Governo Federal deve assegurar que os avanços anunciados pela área econômica tenham repercussão direta no reforço das políticas sociais, particularmente na área da saúde, que sofre com a falta crônica de recursos, gestão não profissionalizada e precarização dos recursos humanos.
3. São urgentes os investimentos públicos em todos os níveis de assistência (atenção básica, média e alta complexidade) e prevenção no SUS. O país precisa acabar com as filas de espera por consultas, exames e cirurgias, com o sucateamento dos hospitais e o estrangulamento das urgências e emergências, além de redirecionar a formação médica de acordo com as necessidades brasileiras.
4. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) precisa assumir seu papel legítimo de espaço de regulação entre empresas, profissionais e a população para evitar distorções que penalizam, sobretudo, o paciente. A defasagem nos honorários, as restrições de atendimento, os descredenciamentos unilaterais, os “pacotes” com valores prefixados e a baixa remuneração trazem insegurança e desqualificam o atendimento.
5. O papel do médico dentro do SUS deve ser repensado a partir do estabelecimento de políticas de recursos humanos que garantam condições de trabalho, educação continuada e remuneração adequada.
6. A proposta de criação da Carreira de Estado do Médico deve ser implementada, como parte de uma necessária política pública de saúde, para melhorar o acesso da população aos atendimentos médicos, especialmente no interior e em zonas urbanas de difícil provimento. No Brasil, não há falta de médicos, mas concentração de profissionais pela ausência de políticas – como esta – que estimulem a fixação nos vazios assistenciais, garantindo a equidade no cuidado de Norte a Sul.
7. A qualificação da assistência pelo resgate da valorização dos médicos deve permear outras ações da gestão nas esferas pública e privada. Tal cuidado visa eliminar distorções, como contratos precários, inexistência de vínculos, sobrecarga de trabalho e ausência de estrutura mínima para oferecer o atendimento ao qual o cidadão merece e tem direito.
8. Atentos ao futuro e à qualidade do exercício da Medicina, exigimos aprofundar as medidas para coibir a abertura indiscriminada de novos cursos, sem condições de funcionamento, que colocam a saúde da população em risco. De forma complementar, é preciso assegurar que a revalidação de diplomas obtidos no exterior seja idônea e sem favorecimentos, assim como oferecer a todos os egressos de escolas brasileiras vagas em Residência Médica, qualificadas pela Comissão Nacional de Residência Medica (CNMR), entidades médicas e sociedades de especialidade.
9. Num país de extensões continentais, torna-se imperativo trabalhar pela elaboração de políticas e programas de saúde que contemplem as diversidades regionais, sociais, étnicas e de gênero, entre outras, garantindo a todos os brasileiros acesso universal, integral e equânime à assistência, embasados na eficiência e na eficácia dos serviços oferecidos, convergindo em definições claras de políticas de Estado para a saúde.
Preocupados com o contexto da Saúde no Brasil e com o descumprimento de suas diretrizes e princípios constitucionais, nós, médicos, alertamos aos governos sobre seus compromissos com a saúde do povo brasileiro.
ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS