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Cursos de medicina devem passar por avaliação
 
 

 Os CFM e os CRMs são unânimes na defesa da avaliação dos estudantes durante todo o curso de medicina, com participação efetiva das entidades. A certeza é de que este trabalho contribuirá para a qualificação do ensino e dos profissionais. O tema fez parte da pauta do II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina (ENCM) de 2010, promovido entre 1º e 3 de setembro de 2010, em Brasília.

 

Ao fim do II ENMC, definiu-se que as comissões de Ensino e de Assuntos Políticos do CFM se aprofundarão no tema para indicar o modelo ideal de avaliação e se a proposta dependerá de projeto de lei para ser implementada.

 

A atenção com a qualidade do ensino já gerou outros desdobramentos: na semana do II ENCM, a diretoria do CFM reuniu-se com o presidente da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino (Abrahue), Carlos Alberto Justo, e o diretor de Regulação e Supervisão da Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC), Paulo Roberto Wollinger, para apresentar sua preocupação com a importância do tema.

 

Apesar das ações, a matéria é considerada polêmica e não há consenso com relação ao método ideal de avaliação a ser executado. “A deficiência tem que ser detectada para que se corrijam os problemas”, concluiu o presidente do Conselho Regional de Medicina do Ceará (CRM-CE), Ivan Moura Fé.

 

Humanizaçao - Em iniciativa inédita, o II ENCM promoveu, todas as manhãs, exposições sobre a importância da formação humanitária dos médicos. Na conferência “O médico do século passado  e o atual”, o pediatra e professor da Universidade de Brasília (UnB), Antônio Lisboa, salientou que as escolas médicas priorizam o ensino e a pesquisa em detrimento da responsabilidade social para com a comunidade.

 

Segundo ele, isso cria lacunas no processo de formação do profissional. “É preciso que sejam integradas ao ensino médico disciplinas como psicologia, antropologia, sociologia, etologia e ética. Hoje, os médicos são produzidos em massa, por escolas mal qualificadas. Precisamos lutar por uma relação mais humana com o outro”, concluiu.

 

Atenção – Para Elias Knobel, intensivista e professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), apesar de multifatorial a satisfação do paciente depende, sobretudo, da atenção e dedicação dos profissionais de saúde. “Este é o segredo da medicina”, apontou Knobel durante a conferência “O médico, o paciente e as instituições de saúde”. E ainda enalteceu a pressão sobre o médico por parte do paciente e das instituições: “O profissional da medicina não é mais valorizado, mas tratado como objeto descartável”.

 

A programação destacou ainda a conferência  “O médico: esse remédio ignorado”, proferida pelo psiquiatra Abram Eksterman, da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Segundo ele, “pelo menos a metade dos pacientes que vão a um ambulatório sofre de distúrbios funcionais, como perturbações psicológicas e físicas em virtude de conflitos psicológicos, não de patologias definidas”.

 

Para o conferencista, se houvesse uma seleção prévia muitos pacientes jamais entrariam nos consultórios. “Os profissionais deveriam  ser preparados para fazer esse tipo de diagnóstico”,destacou.

 

 

Fonte: Matéria publicada  no jornal Medicina Nº 188 • SETEMBRO/2010

 

II ENCONTRO NACIONAL DOS CONSELHOS DE MEDICINA (ENCM) de 2010

Data: 1º e 3 de setembro de 2010

Local: Brasília - DF