Fórum debate qualidade da assistência médica ao paciente idoso

O uso de terapias hormonais para prevenir o envelhecimento, instituições de longa permanência para idosos e a formação do médico especialista em geriatria estão em debate no Fórum de Geriatria do Conselho Federal de Medicina (CFM), realizado no dia 25, na sede da autarquia, em Brasília (DF). O encontro foi aberto pela manhã pelos presidentes do Conselho, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima; da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), José Elias Soares Pinheiro; além do coordenador da Câmara Técnica de Geriatria e Gerontologia, Aldemir Humberto Soares.

Fórum de Geriatria do CFMNo início dos trabalhos, o diretor da autarquia destacou a importância do tema: “a evolução do índice de envelhecimento com o aumento da expectativa de vida e a queda da taxa de fecundidade trazem um desafio no sentido da qualificação do atendimento, em benefício da saúde e qualidade de vida do paciente durante o processo de envelhecimento”, apontou Carlos Vital.

Após a abertura, foi realizada a mesa sobre terapias anti aging, em que o geriatra e ex-conselheiro federal Gerson Zafalon Martins, apresentou decisões da Justiça sobre a Resolução 1.999/12, que referendaram o papel do CFM. A norma impede o uso de terapias hormonais para prevenir o envelhecimento, diante da falta de evidências científicas de benefícios e os riscos e malefícios que trazem à saúde.

O evento contou ainda com um debate sobre o papel das instituições de longa permanência para idosos (ILPI) e a fiscalização dos estabelecimentos de saúde pelos fiscais dos CRMs; com apresentação do diretor de Fiscalização e 3º vice-presidente do CFM, Emmanuel Fortes; e da pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Ana Amélia Camarano.

Emmanuel falou sobre a Resolução 2.056/2013, que estabelece critérios mínimos para autorização de funcionamento dos serviços médicos. A norma não inclui as instituições para moradia de idosos, mas o diretor alertou para a importância de que esses ambientes ofereçam conforto e sejam economicamente viáveis.

O encontro teve continuidade no período da tarde, quando foi discutida a formação do especialista em geriatria e interdição jurídica dos estabelecimentos. A geriatra Elisa Franco de Assis Costa proferiu apresentação sobre a visão da SBGG a respeito do assunto. Ela destacou a necessidade de mais profissionais especilalizados na área, tanto nas escolas médicas, quanto na assistência.

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